Performance Macaquinhos

Tendências Contemporâneas do Espetáculo
Reflexão sobre a performance ”Macaquinhos” http://comoclube.org/home/macaquinhos/ Esta performance foi criada em 2011, por Caio, Mavi Veloso e Yang Dallas em São Paulo, e apresentada pela primeira vez no Museu do Piauí a convite de Gustavo Carvalho.
Inicialmente a performance era feita apenas com três pessoas, mas após o convite do artista Fabio Morais, para apresentar uma performance dentro da sua instalação Modelo Vivo na 10ª edição da Mostra de performance VERBO, surge a oportunidade de continuar com esse trabalho e acolher outros artistas como: Ana Carolina Pires, Andrez Lean Ghizze, Eidglas Xavier, Luiz Gustavo Lopes, Rafael Amambahy, Teresa Moura Neves e Yuri Tripodi. Ficando assim com um grupo de 10 pessoas.
Esta performance consistia num género de ritual. Os artistas juntavam-se numa sala, tiravam a roupa mostrando o seu corpo nu e aos poucos formavam um círculo, em que ficariam de lado relativamente ao centro do círculo.
Seguidamente dava-se então o dito ritual, em que cada um explorava o ânus da pessoa que estaria à sua frente, com a mão ou cabeça, e todos em simultâneo, criando algumas imagens, explorando diferentes níveis e diferentes posturas. Por vezes andavam pela sala, outras ficavam estáticos.
Após a realização de todas as imagens e percursos, faziam o inverso, colocavam-se de pé no círculo, desfaziam-no, vestiam-se e saiam da sala.
Pegando no ponto 4 e 5, na carta 6 e passo a transcrever um excerto: “…tudo forma um corpo, gostar-se-ia que cada grupo, associação, produção, criação, fossem assimilados a uma unidade corporal. A esta docilidade da linguagem equivale uma violência real exercida sobre o corpo: quanto mais sobre ele se fala, menos ele existe por si próprio (…) Para ser breve, Gil começa por situar o corpo arcaico no território do significante flutuante (teorizado por Lévi-Strauss): «há sentido, a significado, mas é impossível atribuir-lhe um sentido referenciável e preciso» (16). O