perfil apenados
No caso da saúde mental no Brasil, a mudança de entendimento e de trabalho com os usuários dos serviços em saúde mental é nova. Antigamente a loucura era considerada um perigo a sociedade, fazendo com que a solução encontrada fosse à internação em manicômios. Tratando sempre o sujeito como único culpado por sua situação, não o atendendo em sua totalidade.
A partir de inspirações em um movimento liderado na Itália, é que o Brasil repensa seu modelo de atuação na saúde mental. Este modelo italiano prezava por um atendimento humanizado, com foco no individuo e não apenas em sua doença.
A partir de então surge a Reforma Psiquiátrica no Brasil que teve inicio na década de 70, a partir de denúncias sobre abusos e violação de direitos ao Ministério da Saúde. Estas denúncias são protagonizadas principalmente pelo Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental, além de familiares, sindicalistas, pessoas com longo histórico de internações, entre outros.
O movimento vem com o objetivo de atender o indivíduo em sua totalidade, buscando construir um novo espaço para o tratamento destas pessoas, criando mecanismos e espaços que visem a inclusão e a inserção comunitária, deixando a idéia de que devemos afastar os “loucos” da sociedade.
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A partir de então se tornou possível pensar e por em pratica um tratamento humanizado, e sem a necessidade de isolar o individuo de seu contexto social e familiar, como era realizado anteriormente.
Segundo Amarante, o objetivo da Reforma Psiquiátrica é:
[...] não só tratar mais adequadamente o indivíduo com transtorno mental, mas o de construir um novo espaço social para a loucura, questionando e transformando as práticas da psiquiatria tradicional e das demais instituições da sociedade (2003, p. 58).
Ainda a partir do Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental se conquistou a Lei da Reforma Psiquiátrica, que prevê a proteção das pessoas portadoras de sofrimento psíquico