Pensamento, linguagem e inteligencia
O consumo de objetos encontra-se na complexidade humana de nossa sociedade com uma maior influencia – envolve seus valores, desejos, hábitos, gostos e necessidades. Daí importa perguntar: o que dá sentido ao consumo? Em que termos as pessoas o definem? O que as estimula a praticá-lo continuamente?
Muitas vezes, procura-se justificar as práticas consumistas em torno da descoberta das necessidades das pessoas e da procura de objetos para satisfazê-las. Esta visão pressupõe que as necessidades humanas são tão objetivas que é possível identificar suas causas e suas respectivas soluções. Não que isso seja impossível, mas este movimento não acontece de forma tão simples assim.
Desconsidera-se aí toda a abstração que envolve os sentimentos, gostos e estímulos que embasam o sistema das necessidades e satisfações das pessoas. . Diante da multiplicidade de escolhas, hoje existentes, acredita na autonomia dos sujeitos perante seus gostos e necessidades.
Os indicadores das “novas” tendências mudam constantemente de objetos, assim como retornam ao que, anteriormente, foi considerado ultrapassado. Não há coerência e sim contradição. Não se consome o objeto em si, pela sua utilidade, e sim pelo que ele representa, pela sua capacidade de diferenciar, de remeter o consumidor a uma determinada posição, a um determinado status. Daí a característica sígnica do objeto, que engloba o valor de troca e o valor de uso do mesmo, sendo preponderante a eles.
Assim, vigora uma classificação dos indivíduos atrelada à constante renovação do material distintivo (objeto de consumo) e seu respectivo uso. A significação social de um objeto (seus valores, qualidades, vantagens, etc) tem sua força na troca, nas posições que os indivíduos são estimulados a ocupar – sempre em relação a seus semelhantes.
Nossa sociedade-cultura de consumo constantemente cria novos espaços para os