Pensamento economico moderno
A era keynesiana iniciou-se com a publicação da Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda, de John Maynard Keynes (1883-1946), em 1936. Muitos autores descrevem a contribuição de Keynes como a revolução keynesiana, tamanho o impacto de sua obra. Keynes ocupou a cátedra que havia sido de Alfred Marshall na Universidade de Cambridge. Acadêmico respeitado, Keynes tinha também preocupações com as implicações práticas da teoria econômica.
Para entender o impacto da obra de Keynes é necessário considerar sua época. Na década de 1930 a economia mundial atravessava uma crise quer ficou conhecida como a Grande Depressão. Iniciada nos Estados Unidos com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York em 1929, as taxas de desemprego chegaram a 25%; em 1933 o PIB real tinha despencado 30%. Logo a crise se espalhou para a Europa e tomou proporções globais. A teoria econômica vigente acreditava que se tratava de um problema temporário, apesar de a crise estar durando alguns anos.
A teoria geral de Keynes consegue mostrar que a combinação das políticas econômicas adotadas até então não funcionavam adequadamente naquele novo contexto econômico, e aponta para soluções que poderiam tirar o mundo da recessão. Segundo ela, um dos principais fatores responsáveis pelo volume de emprego é o nível de produção nacional de uma economia, determinado, por sua vez, pela demanda agregada ou efetiva. Ou seja, Keynes contradiz a lei de Say, argumentando quer a oferta não cria a própria demanda. Em vez disso, a produção agregada depende do que as pessoas estão dispostas a comprar. As pessoas podem se recusar a gastar toda sua renda. Se as empresas não gastam em novo capital o montante quer as pessoas planejam poupar, a demanda pode ser menor que a oferta. Nessa situação, os recursos podem não ser empregados e continuar assim indefinidamente.
Keynes também desenvolveu a teoria da preferência pela liquidez, segundo a qual a taxa de juros se ajusta para equilibrar