O entendimento da realidade pelo pos modernismo
Resumo Das Aulas De José Paulo Netto, ENFF, 17 de julho de 13.
Bases do pensamento moderno
A transição para a modernidade parte da superação da organização social, econômica e política denominada Idade Média. Este período se caracteriza pela hegemonia ideológica teocêntrica e organização social em comunidades rurais, dominadas pela nobreza e pela igreja, os feudos. As ciências e todo conhecimento é ditado pela igreja católica.
Diversos fatores incidiram para transformação dessa realidade, como o aquecimento do comércio, nos chamados burgos, que levaram a formação de cidades; o contato com as tecnologias vindas do oriente e com o novo mundo; o acumulo de riqueza possibilitado pelas grandes navegações, etc.
A conformação da burguesia como classe social detentora do poder econômico gera disputas de projeto de sociedade, logo, de poder político. O renascimento e o resgate do pensamento ilustrado marcam a formulação de um projeto de sociedade coerente com as necessidades e os anseios desta nova classe.
O iluminismo tem alicerce na Grécia Antiga, nos filósofos que acreditavam no ser humano ideal, livre e autônomo. O conhecimento seria a única forma de alcançar esta liberdade. Naquela época, restrito aos proprietários de terra, do sexo masculino, que não trabalhavam e possuíam tempo para filosofar e buscar a autonomia. A liberdade era associada à propriedade e ao homem, enquanto a mulher se encontrava alijada deste processo.
Avanços científicos como a astronomia, o pensamento de Galileu e Newton e a valorização das artes cumprem um papel fundamental na construção de um novo universo simbólico que contesta a hegemonia ideológica teocêntrica. São criados estados nacionais e protestantismo confronta o pensamento católico. A nova classe é intimamente ligada ao trabalho e à acumulação de capital.
Houve então a mudança de eixo do pensamento que se focava na religiosidade católica, para a centralidade humana, o antropocentrismo.