Peninsula
LUIS EDUARDO ALVES DIAS
PENÍNSULA IBÉRICA
CURITIBA,
2015
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
LUIS EDUARDO ALVES DIAS,
PENÍNSULA IBÉRICA
CURITIBA,
2015
“O Ocidente medieval nasceu das ruínas do mundo romano. Nelas encontrou ao mesmo tempo apoios e desvantagens. Roma foi seu alimento e sua paralisia.” (LE GOFF, 2005, p.19)
Em meados do século III, o Império Romano está situado em um período em que grandes modificações políticas são feitas, e em consequência delas, a sociedade e a economia do Império sofrem modificações significativas. O Imperador Caracalla promove uma descapitalização em todo o Ocidente e isso tem resultados ruins para a economia da Hispânia.
A decadência do poder das urbes era eminente, e por conta disso, a produtividade hispânica refugiou-se nos campos. “A deterioração das cidades e a diminuição da sua importância econômica não surgiram isoladamente; foram sempre acompanhadas por um governo em desintegração.” (CORTÁZAR & VESGA, 1997, p.103) A figura do Imperador se via contestada e muitas vezes desobedecida. Nestas circunstancias, no período entre 235 a 268, os palácios romanos foram percorridos por sete Imperadores, dos quais a maioria foi executada. “Nada mais prejudicial para a economia hispânica do que a ruptura das relações entre Estado e os seus súditos, entre o campo e a periferia.” (CORTÁZAR & VESGA, 1997, p.101) Como se esse conjunto de circunstâncias não bastasse, em meados de 252 a Peste Negra se instala na Península Ibérica. Em 259, Póstumo é declarado como novo César. Enquanto fiéis do Imperador e adversários do mesmo estavam envolvidos em revoltas e combates, os mesmos não perceberam que as fronteiras germânicas estavam desguarnecidas, e com isso, franco-alemães invadiram e ocuparam o território da Gália e da Hispânia. Estes povos foram incorporados no exército romano como mercenários. Após a morte do Imperador Póstumo, começaram realizaram saques, destruíram