PENICILLIUM
A Carta Europeia para a Saúde do Coração ao ter como principal objectivo a redução do peso da doença cardiovascular (DCV) tem necessariamente que ter como um dos aspectos principais, e que está bem patente na carta, a importância de ter e manter comportamentos saudáveis, em particular relacionados com a alimentação e a actividade física.
Será relativamente fácil assumir que o decréscimo da mortalidade por DCV, verificado nas últimas décadas nos países ditos desenvolvidos, se deve, para além das melhorias socio-económicas globais, à melhoria dos meios de diagnóstico e de tratamento à população doente.
Mas quando reflectimos sobre o porquê de também a incidência da doença ter diminuído, e naturalmente este facto também influenciar o decréscimo da mortalidade, teremos que reflectir sobre a evolução populacional dos factores de risco.
Carla Lopes
Licenciatura em Ciências da Nutrição – Faculdade de
Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do
Porto. Doutoramento em Biologia Humana – Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Professora
Auxiliar de Epidemiologia – Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Consultora da Autoridade
Europeia de Segurança Alimentar.
“O padrão alimentar desfavorável encontra-se também descrito como um factor de risco independente para além do efeito indirecto que tem, juntamente com a actividade física, nos outros factores de risco…”
Resumo do artigo
Discute-se a importância do padrão alimentar no decréscimo da mortalidade por doenças cardiovasculares, no contexto dos diversos factores de risco conhecidos.
Apresentam-se os resultados do Nurses Health Study
Study,
enfatizando o importante impacto dos factores de risco modificáveis no risco de doença coronária e caracterizando o tipo de padrão alimentar e de actividade física proposto no estudo. Discutem-se alguns padrões