Pedaço de cera - descartes
Contra essa tradição Descartes defende que o conhecimento dos corpos depende da natureza da mente, o filósofo fará uso de argumentos a partir dos corpos para apresentar uma nova perspectiva sobre a origem do conhecimento. Descartes utiliza um pedaço de cera e percebe as mudanças físicas ao aproximá-la do fogo e chega às seguintes considerações: para conhecer os corpos não necessita de experiências; os sentidos o engana; a verdadeira natureza dos corpos surgem pelo puro conhecimento (razão). Logo, o conhecimento não sensível está implicado a todo conhecimento do mundo e o conhecimento claro e distinto é de origem não sensível, ou seja, oriundo do próprio pensamento. Segundo a experiência de Descartes o analisar o pedaço de cera retirada da colmeia ela oferece aos sentidos uma gama de características perceptivas e quando a aproximamos do fogo essas características se perdem. No final o mesmo sujeito sustenta que existe a mesma cera que antes havia algumas características sensíveis. Descartes chega às seguintes conclusões: a cera é a mesma, mas aquilo que se observa no pedaço de cera não se apresenta como anteriormente, assim, o juízo do corpo não se deve as suas características obtidas através da sensibilidade, mas da razão. Definir-se-ia a cera como um corpo externo, flexível e mutável. A características de flexível e mutável devido às infinitas formas que a cera pode apresentar no atual momento. Mais ainda, a flexibilidade e mutabilidade não são características experimentais dos sentidos, elas produzem percepções factuais limitadas, pois quando recorremos à imaginação é que saberíamos que a cera pode receber inúmeras formas e diferentes texturas, ou seja, mesmo que atribuíssemos características sensíveis à cera o conhecimento que venha ter é pelo conhecimento puro (razão). Esse ponto é uma das grandes preocupações de Descartes, o pensamento constitui a essência do eu, por exemplo, problematizando