Merleau-ponty
Maurice Merleau-Ponty foi um filósofo francês que em muito se inspirou em Edmund Husserl para construir o seu pensamento, e isso é facilmente notável em suas obras. A sua forma de ver o "pensamento moderno" da sua época era muito parecido com o de Husserl. Assim, é possível afirmar que Merleau-Ponty via a filosofia e a arte modernas como uma "busca pela desvalorização da experiência". Ele via a ciência como um objetivismo forçado que penetra a mente das pessoas, fazendo com que as mesmas não tenham confiança nas suas próprias conclusões sobre qualquer assunto. A ciência, para os dois, limita a razão humana pela razão científica, de modo que a experiência seja suprimida. Por ter essas características, na opinião do filósofo, ela se torna inútil pois esconde a verdadeira natureza das coisas.
Um exemplo de crítica é a que foi feita ao cientificismo cartesiano. Merleau-Ponty comparou a razão humana e a teoria de Descartes através de uma hipotética análise de um pedaço de cera relacionando seus resultados com cada forma de visão separadamente. No caso da visão de Descartes, um pedaço de cera seria descrito em formas de grandezas, medidas e características absolutas. Porém essa mesma cera poderia ser derretida, mudando completamente os valores obtidos através de experimentos científicos, mas não deixaria de ser cera. Merleau-Ponty diz que ao perceber que a cera, mesmo se deformando, continua sendo cera, as pessoas estão vendo a cera não com os olhos, mas sim com a inteligência. Essa, por sua vez é obtida através da experiência e percepção.
Dessa forma, a modernidade encara essa questão da ciência somente pelos desafios que a mesma irá enfrentar após ter superado os questionamento feitos no presente. Porém esquecem que a ciência nos motiva a negar tudo, alimentando ainda mais o seu ciclo. Para uma teoria ser aceita, muitos debates são realizados, onde os próprios cientistas estão