Pedagogia hospitalar
O processo de ensino-aprendizagem não exige um espaço/tempo definido; ele pode acontecer em qualquer ambiente em que haja vontade de aprender. A Pedagogia Hospitalar vem abrindo um grande espaço nos hospitais de todo Brasil, já que o aluno enfermo tem, muitas vezes, dificuldade em retomar os estudos após o tratamento devido ao desânimo, à desmotivação no aprender, o medo de não acompanhar a turma na volta à escola, pela fragilidade que se encontra sua autoestima, decorrente das limitações que a doença ocasiona. A inserção do ambiente escolar no período de internação é muito importante para a recuperação da criança, já que distrai, educa e reduz o medo de inferioridade em relação aos colegas.
Dentro desta ótica, percebeu-se a emergente necessidade de se ter dentro das empresas privadas e instituições públicas o profissional da pedagogia, a fim de desenvolver e elaborar projetos, assessorar e supervisionar as práticas educacionais e organizacionais nestes espaços, tendo como objetivo o aperfeiçoamento e desenvolvimento das relações interpessoais dos sujeitos nestes espaços não escolares.
A atuação do Pedagogo no espaço não escolar ancora-se nas Diretrizes Curriculares
Nacionais3
para o curso de Pedagogia de 2005, onde se enfatiza a importância dos pedagogos no ambiente escolar, séries iniciais, “assim como para a participação no planejamento, gestão e avaliação de estabelecimentos de ensino, de sistemas educativos escolares, bem como organização e desenvolvimento de programas não escolares.” (DCN’s, 2005).
Neste sentido, o pedagogo, como uma forma de afirmação da ocupação destes espaços estranhos à escola, não deve se ocultar, antes deve capacitar-se cada vez mais, a fim de ser reconhecido através de sua atuação técnica. Desta forma, vejamos o que diz GADOTTI: “na nossa atividade somos frequentemente compelidos a conhecer para não pensar, adquirir e reproduzir para não criar, consumir, em lugar de realizar o trabalho de