Pedagogia Do Oprimido Versus Pedagogia Dos Conte Dos
Em Pedagogia do Oprimido Freire trás uma análise do processo de dominação que está no interior das relações pedagógicas. Também trás uma análise das críticas sociológicas da educação institucionalizada nos países desenvolvidos.
Freire mostra o conceito de educação bancária expressa numa visão de conhecimento constituído de informações e fatos que podem ser simplesmente transferidos do professor para o aluno. Nesse sentido, o conhecimento é algo que existe de fora para dentro independentemente do sujeito e sua subjetividade.
Numa perspectiva fenomenológica, pois, não há como separar o ato de conhecer e aquilo que se conhece, Freire apresenta o conceito de “educação problematizada”. Nesse sentido, Freire busca desenvolver uma concepção que possa se constituir numa alternativa à concepção bancária que ele critica.
Na visão de Freire o ato de conhecer não é isolado e individual. A intercomunicação está presente no ato de conhecer, e é mediada pelos objetos a serem conhecidos. Assim, o ato pedagógico se torna dialógico. Nessa perspectiva, todos os sujeitos estão envolvidos no ato de conhecimento, e educador e educandos criam dialogicamente, um conhecimento do mundo.
O conceito de “educação problematizada” norteia a proposta de um currículo onde está presente elementos do currículo tradicional. Por exemplo: conteúdos programáticos. Porém, Freire se mostra diferente na forma como se constroem esses elementos.
Nessa concepção diferenciada de currículo, é a própria experiência dos educandos que se torna fonte primária de busca de temas significativos que vão construir o conteúdo programático. E ainda, Freire reforça a importância dos especialistas e educadores que estão próximos dos educandos no sentido deles serem os indivíduos responsáveis pela organização do currículo desestruturado que deverá ser buscado na realidade dos interessados, ou seja, os educandos.
Sobre essas bases,