RELAÇÕES RACIAIS E EDUCAÇÃO: PROMOVENDO A IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA

10047 palavras 41 páginas
INTRODUÇÃO

Para promover o respeito no ambiente escolar é necessário que se faça uma reflexão acerca das relações raciais que aí se vive. Todo educador que tenha por objetivo criar um ambiente educacional pautado no respeito às diferenças precisa estar atento para a reprodução da discriminação racial na escola, já que “(...) as experiências em sala de aula não estão alheias ao racismo e seus derivados (...)” (CAVALLEIRO, 2006, p. 82).

Assim sendo, a subjetividade e a afetividade no ambiente escolar são aspectos que precisam ser considerados quando analisamos desigualdades no desempenho escolar entre crianças brancas e negras. É também na escola que a criança aprende atitudes, maneiras de se relacionar com o seu e outros grupos raciais. Atitudes essas que são sustentadas pela família e pela sociedade em geral. Atitudes preconceituosas são transmitidas através de palavras, gestos, etc (como outros valores sociais) e durante seu percurso de desenvolvimento a criança poderá ou não adquiri-las.

A escola, portanto, deve estar atenta às estruturas de discriminação racial, ou seja, aos mecanismos, conscientes e inconscientes, utilizados para promovê-la e, sendo uma das instituições atuantes na mediação entre a criança e a sociedade, proporcionar-lhe situações de aprendizagem que ajudem a fissurar a corrente do racismo, quebrando hierarquias entre os grupos raciais e promovendo ideais de colaboração entre os seres humanos.

Faz-se necessário aos profissionais da educação refletir sobre as relações raciais no dia-a-dia escolar para que nesse ambiente se construam relacionamentos saudáveis entre as crianças de todas as raças. Quando não há uma reflexão sobre isso a escola não consegue promover boas relações entre seus alunos (boas aqui no sentido de relações que sejam de colaboração com o próximo).

O silêncio a respeito dessa temática, não apenas na escola, mas em diversas instituições sociais, colabora para que diferenças sejam vistas como desigualdades,

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