Pcn de língua portuguesa e criação de currículo
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1. Introdução Desde os primórdios da Republica, a questão educacional foi central nas discussões que encaminham políticas sociais, uma vez que o analfabetismo e a ignorância são vistos como responsáveis pelas desigualdades e, em consequência, o nível de escolaridade é defendido como fator prioritário na promoção do desenvolvimento econômico. Embora sem muito sucesso, “não foram poucos” os esforços da sociedade, dos educadores organizados e, também, do Estado no sentido de imprimir mudanças nas condições de democratização e qualidade da educação básica, provocando frequentes reformas na legislação do ensino, na estrutura curricular dos cursos de diferentes níveis e, não raro, na orientação teórica das práticas pedagógicas escolares. É nessa perspectiva que, fustigado pelas demandas deste final de século, o Ministério da Educação vem propondo parâmetros curriculares para orientar as políticas públicas de educação básica em todos os segmentos da educação e as ações educativas escolares em âmbito nacional. Mesmo apresentando-se como uma proposta sem caráter de obrigatoriedade os PCN pretendem ser "um referencial comum para a educação escolar no Brasil", tendo em vista uma formação de qualidade, e assumem a feição de política pública ao situarem-se como uma orientação oficial que "estabelece uma meta educacional para onde devem seguir todas as ações políticas do Ministério da Educação, tais como os projetos ligados a sua competência na formação inicial e continuada de professores, à análise e compra de livros e outros materiais didáticos e à avaliação nacional. Têm como função subsidiar a elaboração ou a revisão curricular dos Estados e Municípios, dialogando com as propostas e experiências já existentes, incentivando a discussão pedagógica interna das escolas e a elaboração de projetos educativos, assim como servir de material de reflexão para a prática de professores". É bem verdade que os desafios que hoje se colocam às políticas públicas de