Paterfamilias
As partes mais setentrionais da península grega eram habitadas por povos congéneres,cuja evolução não conseguiu acompanhar a dos próprios gregos. Com a subida de Filipe II ao trono da Macedónia, em 359, tudo mudou, rápida e decisivamente, de figura. Através de uma conjugação decidida da guerra e da diplomacia, dispôs-se a ser senhor da Grécia, com o proposito de invadir em conjunto o império persa. Filipe foi assassinado em 336, mas seu filho Alexandre, levou a cabo a conquista da Pérsia, com incursões até a índia, mediante um gênio que se tornou lendário ainda em sua vida. A integração do mundo helenístico no Império Romano processou-se pouco a pouco, terminando, exceto para alguns arranjos posteriores, com a derrota de Antonio e Cleópatra em Actium, em 31 a.C. Na época de Alexandre, Os Gregos tinham já uma longa experiência de fixação entre outros povos, povos "bárbaros". O fenômeno helenístico, porém, foi de ordem diferente e de mais vasta. Por toda parte, Alexandre e os seus sucessores fundaram novas cidades, consoante o modelo das gregas (ou restabeleceram as antigas). Foram transplantados os elementos característicos da polis grega. Os imigrantes e os seus descendentes falavam grego, um dialeto ático modificado, que se uniformizou em quase todo o mundo helenístico (mais conhecido, hoje em dia, como o grego do Novo Testamento). Para o governo, a língua oficial era o grego, e gregas eram também muitas das formalidades legais. A realidade, contudo, era decididamente não grega. Nem os governantes, se o desejassem, conseguiriam descobrir a maneira de traduzir a esta nova escala as práticas políticas e administrativas gregas. Nem sequer os tiranos constituíam um modelo adequado e, de qualquer modo, a tirania foi sempre considerada por todas as escolas