parto humanizado
Resenha
Parto Humanizado
Caline Saraiva de SÁ1
A humanização do parto tem sido já alguns anos tema de várias discussões e artigos, todos em busca de encontrar uma forma “humana” de lidar com um dos eventos mais naturais do ser humano, o parto. Também buscam descobrir em que momento o parto deixou de ser visto como um fenômeno fisiológico para ser tratado como um evento patológico para a mulher.
O artigo de Souza e Silva & Dadan (2008) fala sobre o parto de forma humanizada em comparação com o parto mecanizado, que seria a forma mais corriqueira dentro do contexto obstétrico atual. Traz um contexto histórico que demonstra a mecanização do parto ao priorizar procedimentos de cunho hospitalar, principalmente a medicalização, e retirar da parturiente o poder de decisão sobre as melhores condições para o parto.
Enfatiza que o cuidado a parturiente deve ser feito de forma respeitosa, considerando a relação profissional-cliente, mas não esquecendo o fator estresse de trabalho. Afinal um bom profissional é aquele que cuida de sua saúde física e emocional para não deixar que as situações estressantes do dia-a-dia tornem seu trabalho algo mecânico, obrigatório e desprazeroso.
Também sobre a mecanização do parto Silva (2012) coloca em seu artigo dados epidemiológicos e estudos que comprovam ser o parto domiciliar programado tão seguro quanto o parto hospitalar, e principalmente a não obrigatoriedade de um parto humanizado ser realizado apenas em domicílio, pois com estrutura, bons profissionais e boa vontade todo parto hospitalar pode, e deve, ser humanizado.
A autora ainda faz uma correlação entre o tipo de parto e patologias que podem acometer o recém-nascido, seja na hora do parto ou até alguns meses depois, entre as patologias citadas encontra-se o autismo e as doenças oculares. No entanto, ressalta que o desenvolvimento de cada criança depende de sua fisiologia e diversos outros fatores, dessa