Parto humanizado
O conceito de humanização da assistência ao parto inclui vários aspectos e alguns são relacionados a uma mudança na cultura hospitalar, com a organização de uma assistência realmente voltada às necessidades das mulheres e suas famílias. Desse modo, as modificações na estrutura física do ambiente hospitalar podem contribuir para deixá-lo o mais aconchegante possível e favorável a realização de práticas humanizadoras de assistência. A humanização tem como foco a qualificação da atenção, por um lado, envolve preocupação, respeito e promoção dos direitos humanos da mulher que recebe assistência. Por outro, o emprego de treinamento, especialização profissional, observação de experiências e evidências científicas norteiam as rotinas assistenciais, bem como as instalações físicas e os recursos tecnológicos disponíveis e adequados (DIAS e DOMINGUES, 2005; HOTIMSKY, 2005). Desde 1990 A expressão “humanização do parto” tem sido usada pelo Ministério da Saúde – (MS), para se referir a uma série de políticas públicas promovidas com o apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização Mundial Pan - Americana de Saúde (OPAS), que preconizam que a atenção humanizada ao parto envolve um conjunto de conhecimentos, práticas e atitudes que visam à promoção do parto e nascimento saudáveis e a prevenção da morbidade e mortalidade materna (BRASIL, 2002). Até o século XVII, o parto era considerado “assunto de mulheres”, os homens não podiam observar, sendo excluídos desse momento. A presença da parteira com sua experiência ajudavam a criar um clima emocional favorável à parturiente. Havia grande variedade de talismãs, orações e receitas mágicas para aliviar a dor das contrações. Além da parteira, a presença da mãe da parturiente era fundamental (MALDONADO, 2000). Entre os séculos XVI e XVII, começou a surgir, na assistência ao parto, a figura do cirurgião; assim, a parteira foi perdendo a primazia e a posição de decúbito dorsal no parto passa a ser mais