FAP Psicoterapia Analítica Funcional. Criando Relações Terapêuticas Intensas e Curativas
Título: FAP Psicoterapia Analítica Funcional. Criando Relações Terapêuticas
Intensas e Curativas
Autor: Robert J. Kohlenberg Mavis Tsai
Outras informações: ESETEC. Santo André, SP: 2001 (Obra publicada originalmente em 1991).
1. Introdução
Psicoterapia analítica funcional (FAP) deriva de uma analise funcional skinneriana do ambiente psicoterapêutico típico. É uma terapia comportamental, mas diferente das tradicionais. Ao contrario delas, as técnicas utilizadas pela FAP dão a seus clientes uma experiência terapêutica profunda, tocante, intensa; e se ajusta perfeitamente aos clientes que não obtiveram sucesso com as terapias comportamentais convencionais, bem como àqueles com dificuldades em estabelecer relações de intimidade e/ou tem problemas interpessoais difusos, pervasivos, tais como os que recebem diagnósticos tipificados pelos do Eixo II do
DSM-III-R (American Psychiatric Association, 1987).
A partir do item “Princípios Filosóficos do Behaviorismo Radical”, o autor expõe para reflexão assuntos tais como:
•
A natureza contextual do conhecimento e da realidade;
•
Uma visão não mentalista do comportamento;
•
Comportamento verbal controlado por eventos diretamente observados;
2
Argumentação inicial:
2 Princípios Filosóficos do Behaviorismo Radical (03 – 08)
2.1 A natureza contextual do conhecimento e da realidade
Estamos habituados a falar sobre o mundo como sendo composto de objetos, que sentimos possuir em uma constância ou estabilidade própria.
Os cientistas são em si mesmo não mais do que organismos que se comportam e as observações que produzem não podem ser separados dos interesses e atividades do observador.
Uma empreitada objetivista, como a psicanálise clássica, é construída em torno da crença de que a verdade objetiva pode ser descoberta e, quando adequadamente revelada, conduziria a uma saúde mental melhorada. Por outro lado, a crença construtivista é que uma boa intervenção gera as suas próprias