Participação da mão-de-obra feminina no mercado de trabalho: uma panorama geral
1. INTRODUÇÃO
A participação da mão-de-obra feminina no mercado de trabalho sempre foi um tema muito pesquisado e aprofundado por estudiosos de demografia. O presente trabalho visa discorrer sobre um panorama histórico sobre a participação feminina no mercado de trabalho, considerando principalmente as particularidades encontradas neste quando comparada a participação masculina no mercado de trabalho.
Discutir as relações de trabalho por gênero se faz necessária para entender como e por que a participação feminina se faz e se caracteriza nos dias atuais. No entanto, é importante salientar que as características referentes a gênero estão se alterando ao longo do tempo. Anteriormente o homem (gênero masculino) era o responsável pelo sustento da família e a mulher era unicamente responsável pelo serviço domestico. Mudanças sociais, econômicas e políticas fizeram que, com o passar dos anos, o modelo patriarcal fosse nitidamente modificado.
De qualquer maneira, independente das mudanças ocorridas, alguns estudos compartilham a ideia de que a o sistema patriarcal é muito mais forte e resistente. Nesse sentido, haveria uma distinção de papeis: um papel nitidamente masculino (no qual haveriam funções essencialmente masculinas) e um papel feminino (no qual se relaciona atividades tipicamente femininas). Kon (2002) afirma que “essas diferenças estão profundamente enraizadas e resultam em abordagens diferenciadas do mundo, criando distintas culturas: uma “cultura masculina” e uma “cultura feminina”, que têm implicações políticas variadas e beneficiam de forma diversa a sociedade.”
Nesse contexto, a sociedade define comportamentos que seriam aceitáveis e específicos para o homem e para a mulher. A abordagem a seguir esta relacionada principalmente ao sexo do individuo em análise (homem ou mulher). Porém, deve-se atentar que as