Parecer
O objetivo do presente texto é discutir as especificidades da ação pedagógica com bebês, tendo o seu ponto de partida as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, que apresentam concepções que orientaram o desenvolvimento das politicas publicas de educação infantil. Maria Carmem Barbosa destaca alguns importantes avanços da educação no contexto brasileiro. Com a Constituição Federal em 1988, surgiu um importante direito, onde o Estado brasileiro deveria garantir a oferta de educação infantil pública gratuita e de qualidade para as crianças de 0 a 6 anos através do sistema educacional. Com isso houve uma ampla expansão dos estabelecimentos de educação infantil. Ocorreu também uma mudança no senso comum, àquela ideia de que as creches e pré-escolas eram “depósitos” onde os pais colocavam as crianças enquanto trabalhavam, foi substituída pela visão constitucional de direito à vaga. As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI, 2009) sustentam essa visão que a instituição deve cumprir suas funções para garantir o bem-estar das crianças, das famílias e dos profissionais. Outro fator que contribui para melhorar o quadro da educação brasileira é de que os bebês através de pesquisas tem demostrado inúmeras capacidades, o que muda a ideia a qual eram definidos principalmente por sua imaturidade, fragilidade e incapacidades. Cada vez mais, surgem estudos acerca da complexidade da sua herança genética, dos seus reflexos, das suas competências sensoriais nos mostram que os bebês também são aptos a aprender e interagir com o mundo social. Todas essas concepções, avanços e mudanças significativas no campo da Educação Infantil encaminham para a compreensão de um currículo que almeje desenvolver integralmente as crianças nas suas mais profundas dimensões como a expressivo-motora, cognitiva, afetiva, linguística,