Paralisias obstétricas
Paralisia obstétrica é uma lesão do plexo braquial ao nascimento, onde 50% dos casos é causado pela distócia de ombro (definida como a necessidade de manobras para o desprendimento dos ombros, ou um intervalo maior que 60 segundos entre a saída da cabeça e a dos ombros, casos de lesão do plexo braquial. A maioria dos casos ocorre na ausência de fatores de risco. O mecanismo de lesão é um afastamento da cabeça em relação ao ombro, causando o estiramento das raízes nervosas e consequente dano estrutural. É o resultado de um parto laborioso onde houve lesão neuronal por tração ou avulsão das fibras do plexo braquial durante as manobras obstétricas quando do desprendimento do ombro do recém-nascido.
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Manifestações Clínicas No recém-nascido a função motora é coordenada por reflexos primitivos os quais começam a desaparecer a partir do segundo mês de vida, e deverão estar ausentes no sexto mês, após o qual indicam uma lesão do sistema nervoso central. É compreensível a dificuldade para avaliar a função motora do membro superior, particularmente em lesões parciais do plexo braquial, que deve ser feita inicialmente pesquisando assimetrias nos reflexos primitivos, o que na maioria das vezes evidencia um grupo muscular paralisado ou fraco. As manifestações clínicas como atrofia, hipomobilidade, edema, hematomas também são indicativos.
Classificação
Estão descritas várias classificações tendo em conta a localização e o tipo de lesão encontrada. Segundo a classificação utilizada na Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, o paralisia obstétrica classifica-se em:
• Erb-Duchenne(paralisia alta): Ocorre lesão em C5 a C7. Tendo como manifestações: Braço acometido sem movimento, ao lado do corpo, com o ombro rodado internamente, cotovelo estendido e punho ligeiramente