Sociologia
Na aula anterior, estudamos o ponto, zona ou lugar de articulação dos sons em português. Na aula de hoje, veremos o modo ou a maneira pela qual esses sons são articulados. A forma como os articuladores se posicionarão influenciará diretamente no modo de passagem da corrente de ar pelo aparelho fonador. A cada modo de passagem de ar, teremos, portanto, um modo de articulação. Segundo os modos de articulação, as consoantes podem ser classificadas, em língua portuguesa, como: • Oclusivas ou Plosivas: há uma obstrução completa da passagem da corrente de ar através da boca. O palato mole fica levantado e a corrente de ar pulmonar é encaminhada para a cavidade oral. Tal modo de articulação gera as consoantes oclusivas orais: p (por), b (bola), t (tem), d (dado), c (cá), g (gafe). • Nasais: há uma obstrução completa da passagem da corrente de ar através da boca. A diferença da nasal para a oclusiva é que o palato mole fica abaixado e a corrente de ar é dirigida para a cavidade nasal. Temos as seguintes consoantes nasais: m (mato), n (nulo), nh (ganho). • Fricativas ou Constritivas: como o radical da palavra indica, fricativa relaciona-se à fricção provocada pela aproximação dos articuladores. Não há obstrução completa da passagem de ar, como nas consoantes oclusivas e nasais, mas apenas parcial. As consoantes fricativas são: f (fã), v (véu), s (seu), z (azia), ch (chá), j (jaca), r (reto). • Africadas: as consoantes africadas são, na verdade, uma mistura das consoantes oclusivas e fricativas. Ocorre um momento inicial de oclusão, ou seja, de interrupção da passagem do ar, seguido por uma fricção, com a saída do ar, parcialmente bloqueada. As consoantes africadas que temos em português dependem da forma de realização de algumas consoantes. Se pronunciarmos a palavra tia, utilizando na produção do primeiro som [t] somente a oclusão, com o ápice (ponta) da língua tocando os dentes incisivos superiores ou os alvéolos, será uma consoante