Plexo braquial obstetrico
Introdução
A Paralisia Braquial Obstétrica (PBO) é uma lesão no plexo braquial, que sobrevem das intercorrencias no decurso do parto, causada pela tração da cabeça (a tração da cabeça e do pescoço durante o desprendimento do ombro que pode ser “bloqueado” pela sínfise púbica materna) ou pela má postura do recém nascido em vida intra-uterina (SHEPHERD, 2006). Os fatores de risco que favorecem ao aparecimento da lesão podem estar relacionados com a obesidade materna, sobre peso gestacional, diabetes materna, macrossomia fetal, gestante com idade avançada, baixa estatura materna, uso de fórceps durante o parto e feto com apresentação podálica. (TAVARES, 2009; SHEPHERD, 2006). O plexo braquial é formado pela união das raízes ventrais de C5 a T1 (segmentos medulares); em que os ramos de C5 e C6 formam o tronco superior, os ramos de C8 e T1 formam o tronco inferior e o ramo de C7 o tronco médio. As divisões anteriores dos troncos superiores e médios dão origem ao fascículo lateral, e o fascículo medial é formado pela divisão anterior do tronco inferior e a divisão posterior dos três troncos forma o fascículo posterior, que segundo PINH0 (2010), é o responsável pela sensibilidade e a faculdade de obedecer ao impulso da força motriz do membro superior. A força exercida no momento do parto, para retirada do feto do útero, poderá provocar lesão das raízes superiores, inferiores ou ambas. Essa força poderátraumatizar, estirar e avulcionar as raízes nervosas, resultando na lesão dos nervos (PINHO, 2010). A Paralisia Braquial Obstétrica (PBO) pode ser classificada de acordo com o nível da lesão, em paralisia de Erb, de Klumpke e de Erb-Klumpke. A primeira, é a lesão mais frequente, envolve dano nas raízes superiores, C5 e C6, do plexo braquial, podem ocorrer contraturas do ombro e cotovelo, e é comum a atrofia no grupo muscular afetado. O recém nascido terá fraqueza na rotação externa, na