Paper FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) se iniciou no período pós guerra durante a conferência de Bretton Woods nos Estados Unidos, no ano de 1944. Criado formalmente em 27/12/1945, inicialmente por 29 países, seu objetivo era a reconstrução do sistema financeiro internacional. As necessidades de um acordo formal para interagir com as finanças internacionais surgiu da crise de 1929 e Keynes defendia que deveriam haver reservas de 50% das importações mundiais. Em verdade, os negociadores britânicos de Bretton Woods, liderados por Keynes desejavam que o FMI fosse um grande banco e não um fundo.
A participação dos países membros se dá por quotas e da mesma forma sua influência nas decisões, sendo que os EUA são o único país com poder de veto. Quando um país membro aciona o FMI, são enviados agentes para analisar a situação e elaborar relatórios que nortearão as medidas de austeridade necessárias para atender pedido. O principal papel dos agentes é impedir que os problemas se tornem maiores e contaminem a economia global, e dessa forma já esclarece que, caso não seja uma situação crítica a esse nível, as exigências para a consolidação da negociação serão ainda maiores que normalmente.
Michel Chosudovsky (1999) afirma:
O mesmo cardápio de austeridade orçamentária, desvalorização, liberalização do comércio e privatização é aplicado simultaneamente em mais de cem países devedores. Estes perdem a soberania econômica e o controle sobre a política monetária e fiscal; seu Banco Central e Ministério da Fazenda são reorganizados (frequentemente com a cumplicidade das burocracias locais); suas instituições são anuladas e é instalada uma tutela econômica. Um governo paralelo que passa por cima da sociedade civil é estabelecido pelas instituições financeiras internacionais (IFIs). Os países que não aceitam as metas de desempenho do FMI são colocados na lista negra.
Um programa do FMI exige dois ou três meses de negociações em condições normais. E eventualmente esse calendário é