Pai de botas e a santa mãe
CURSO DE DIREITO NOTURNO – 1B
REGIANE DOS SANTOS REGUELIM
O Pai de Botas e a Santa Mãe: a construção da identidade de adolescentes em conflitos com a lei
Maria Aparecida Penso, Maria Eveline Cascardo Ramos e Maristela Muniz Gusmão.
A denominação “pai de botas” e “Santa mãe” são comuns entre os jovens e adolescentes. Pai de botas é uma analogia aos policiais que para muitos destes jovens tem função restrita a bater, espancar, humilhar; enquanto a Santa mãe refere-se a proteção e ao cuidado que as mães dedicam a seus filhos, muitas vezes tendo que se sacrificar para criar os filhos.
Para Levisky (1998), a adolescência ocorre durante o desenvolvimento evolutivo do indivíduo, caracterizado por uma revolução biopsicossocial.
Uma das principais características do período é a conhecida crise de identidade. Erikson (1976) afirma que a identidade nunca é estabelecida definitivamente, não é estática e imutável. Na realidade, é um processo contínuo de busca que se inicia no encontro da mãe com o bebê, e só termina quando dissipa o poder de afirmação mútua do homem. Cada idade acaba desenvolvendo sua própria identidade.
Terapeutas sistêmicos compreendem a família como a matriz da identidade. A ligação entre o pai e a mãe é de sua importância. A maternidade liga a mãe a sua prole por motivos óbvios, já a paternidade é uma construção subjetiva do que biológica.
A parentalidade tem características diferentes para o homem e para a mulher. Ainda, também, encontram-se ligados fatores relacionados ao modelo tradicional do pai como provedor, e da mãe como protetora e educadora dos filhos ao mesmo tempo em que deve cuidar dos afazeres domésticos.
A articulação biológica identifica o pai genitor. Nascimento natural.
As articulações socioeconômicas e socioculturais designam o pai provedor e o pai educador. Nascimento social.
A articulação patronímica designa o pai legalmente. Nascimento legítimo.
As articulações da paternidade