otimização da produção
Assim, salientou que a preocupação com respeito à aplicação de calcário na superfície promover maior concentração de raízes na camada superficial do solo e comprometer a absorção de água e nutrientes em períodos de estiagem não deve existir, considerando os critérios que têm sido empregados para a recomendação de calagem na superfície em sistema plantio direto. Estudos com trigo, por exemplo, mostraram que, mesmo com a ocorrência de falta de chuvas por longos períodos durante a fase vegetativa, a aplicação superficial de calcário não influenciou o comprimento relativo de raízes no perfil do solo e proporcionou adequado estado nutricional das plantas.
Quanto à influência da calagem superficial na nutrição das plantas, Eduardo disse que os estudos existentes a esse respeito são, em sua maioria, referentes à aplicação de calcário dolomítico.
Em seis safras de soja, por exemplo, observou-se que a calagem realizada na superfície aumentou os teores foliares de Ca e Mg em três de seis cultivos com soja, e nos dois cultivos com milho. No entanto, em outros solos ácidos manejados em plantio direto com teores mais elevados de Ca2+ e Mg2+ trocáveis, a calagem proporcionou alterações muito pequenas nas concentrações de Ca e Mg nas folhas de cevada, trigo, soja e milho, mesmo quando incorporada ao solo, indicando que, mesmo em condições ácidas no sistema plantio direto está havendo boa absorção de Ca pelas plantas porque nesses solos os teores de Ca são suficientes. Observou-se também que, muitas vezes, a absorção de Mg tem sido mais favorecida com a aplicação de calcário dolomítico do que a própria absorção de Ca. Explicou que maiores