Ostomias
Este trabalho é uma forma de apresentar a Associação Valeparaibana de Ostomizados discutindo sobre a carência de cuidados psicológicos aos pacientes portadores de ostomia.
Referencial Teórico
A ostomia abdominal refere-se à uma abertura feita cirurgicamente no abdômen onde parte do intestino é exteriorizada, pois existe a necessidade da construção de um novo caminho para as fezes . Esta necessidade pode se dar em decorrência do câncer de intestino ou da bexiga, doenças inflamatórias, má formação congênita e acidentes (GEMELLI E ZAGO,2002).
Em virtude da ostomia, o paciente precisa manter e portar constantemente uma bolsa coletora aderida ao abdômem. A ostomia pode ser temporária ou definitiva, ou seja, em alguns casos existe a possibilidade de uma cirurgia de reversão.
O processo de adaptação da bolsa perpassa não apenas por aspectos fisiológicos, mas também psicológicos e sociais. Além da série de mudanças decorrentes do estoma, o paciente que foi submetido à ostomização em função de câncer, enfrenta também a dificuldade de ajustamento quanto ao diagnóstico (CASCAIS, MARTINI E ALMEIDA, 2007).
Dentre as implicações no cotidiano do paciente ostomizado estão: o incômodo causado pelas dores; a fraqueza causada pela eliminação mais rápida do que é ingerido; as mudanças alimentares e as mudanças relacionadas à mobilidade e à locomoção, que prejudicam de forma intensa o convívio social. Os pacientes precisam lutar contra a enfermidade, além de conviver com a vergonha e o desconforto causados quando há eliminação de gases, vazamentos e odor de fezes exalado pela bolsa coletora (GEMELLI E
ZAGO, 2002).
A assistência psicológica a ser prestada ao paciente ostomizado compreende fornecer informações que venham facilitar sua adaptação à nova condição de vida, incentivar para que ele realize o autocuidado, ser o elo de ligação entre os familiares e o ostomizado, para que a reabilitação seja facilitada. Trabalhar com suas