Os princípios de associação de ideias
Hume
David Hume nasceu em 7 de maio de 1711 na cidade escocesa de Edimburgo. Foi filósofo, ensaísta e também historiador.
Ficou conhecido pelo radicalismo do seu empirismo e pelo ceticismo presente no seu pensamento. A importância do seu pensamento dá-se devido à sua tentativa de aplicar nas ciências morais a metodologia exposta por Newton no âmbito astronômico e físico. Hume, com a sua tese de que todo o conhecimento do homem origina-se e deriva dos sentidos, coloca em cheque o racionalismo cartesiano – o qual toma o conhecimento como ligado intimamente à razão – bem como a tradição metafísica ocidental como um todo.
David Hume
• Hume critica todo o discurso metafísico acerca dos fenómenos que se dão no mundo e, mais que isso, propõe que há uma inadequação entre a linguagem e objeto ao qual esta se refere. Como se pode notar, a filosofia humana visa dissolver o paradigma filosófico platónico-cartesiana e cristã da cisão entre sensível e suprassensível. Há, pois, a desconfiança da linguagem e da razão, e, como consequência, o ceticismo presente na sua filosofia faz-se evidente.
Tipos ou modos do conhecimento
• Relações de ideias – não estão dependentes do confronto com a experiência – conhecimento a priori – verdades necessárias.
• Exemplo: “2+4=6” - são sempre verdadeiras, em quaisquer circunstâncias. Negá-las implica contradição: são os conhecimentos da lógica e da matemática.
• Questões de facto – A sua justificação encontra-se na experiência sensível – conhecimento a posteriori – verdades contingentes. • Exemplo: “As estrelas brilham”
• Poderiam ter sido falsas. Negá-las não implica contradição. • Os conhecimentos a priori nada nos dizem de substancial acerca do mundo.