Os Primeiros Tempos Do Viver Urbano
Oeste das Minas: Escravos, índios e homens livres numa fronteira oitocentista,
Triângulo Mineiro (1750-1861). Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia,
Programa de Pós-Graduação em Geografia,2002. p. 252.
Análise do desenvolvimento urbano no Oeste Mineiro
Luís Augusto Bustamente Lourenço é mestre em Geografia pela Geografia pela
Universidade Federal de Uberlândia e doutorando no programa de pós-graduação da
Universidade de São Paulo. Recebeu o prêmio de melhor dissertação em Geografia da
Associação Nacional de Pós-Graduação em Geografia (ANPEGE) no ano de 2003, em reconhecimento pela qualidade e riqueza de seus estudos durante o mestrado.
O resultado de seu trabalho no mestrado foi o livro “A Oeste das Minas:
Escravos, índios e homens livres numa fronteira oitocentista, Triângulo Mineiro (17501861)” que aborda a formação da região Triângulo Mineiro no período entre o ano de
1750 e 1861. A obra é estruturada em seis capítulos cujo sexto, intitulado “Os primeiros tempos do viver urbano”, analisa a formação urbana no oeste mineiro.
O sexto capítulo do livro, descreve o processo de urbanização na região do
Triângulo Mineiro, a partir do final do século XVIII, que começou a datar da fundação dos arraiais do Extremo Oeste Mineiro. Lourenço descreve minuciosamente cada etapa do desenvolvimento dos arraiais, inclusive, descrevendo os hábitos e aspectos socioeconômicos do patriarcalismo autoritário que regente daquela época.
Cada arraial surgia pela formação de patrimônios religiosos, em que fazendeiros juntavam- se para construir uma capela, que ao receber a benção do vigário da freguesia, proporcionava o reconhecimento da existência do povoado pelas autoridades eclesiásticas- estatais. A ideia de como se organizava o espaço interno dos arraiais girava em torno de uma população reconhecida como “sedentária”, população pobre que tendia a se especializar em ofícios e serviços, uma vez que as