Os PCNs de Arte e a Prática Pedagógica
Os Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação em arte introduzem um novo olhar sobre o ensino de arte no Brasil.
Segundo o próprio PCN:
“Houve um tempo em que na escola se estudava desenho geométrico, artes plásticas e música. Em uma ou outra escola também se aprendia teatro, e quase todas, trabalhos manuais.” (Parâmetros Nacionais Curriculares)
A partir da nova LDB (lei nº 9394/96) a arte deixa de ser uma atividade e passa a ser um componente curricular olhando a arte de um modo mais aberto, incluindo novos aspectos e competências e habilidades.
Seguindo esse pensamento a foram incluídos no curso, música, teatro, dança, artes audiovisuais e a já conhecida e trabalhada, artes visuais.
A mudança trouxe ganhos para o ensino da arte no Brasil, trabalhando competências como processos de criação, linguagens artísticas, mediação cultural, valorização do patrimônio cultural histórico brasileiro.
Tudo explicado num texto de aproximadamente 30 páginas.
A lei entrou em vigor em 1996, de lá para cá o que se vê são professores com formação anterior a lei e resistentes a reciclagem e as mudanças naturais ao longo de quase duas décadas.
A tecnologia avançou, os alunos mudaram e os professore continuaram com suas formações obsoletas e desinteressantes para a nova geração.
O que se encontra nas escolas hoje, são poucos professores interessados em aprender e aplicar os conteúdos propostos pelos PCNs, e alunos desinteressados em aprender antigas técnicas de desenho, pintura e trabalhos manuais.
Não raro, entro em sala de aula e encontro alunos cansados de fazer “releituras” de quadros famosos e desenhos temáticos de datas comemorativas. Porém quando é proposto trabalhos mais dinâmicos que trabalham a criatividade e a livre expressão os alunos geralmente são reativos e não querem participar das atividades.
Atribuo essa reação a falta de trabalhos que estimulem a criatividade e a expressão desde a infância.
Há hoje