Os grupos industriais no coração das relações de dominação
‘’Os investidores institucionais são os verdadeiros mestres do capita- lismo contemporâneo mas eles preferem a discrição. Enquanto os administradores de fundos de investimento financeiro permanecem quase completamente na sombra, são portanto os grupos industriais que, junto aos governos, são constantemente visados. Eles estão na primeira fila, na luta contra as classes e as camadas que precisam explorar’’(François Chesnais).
‘’É sobre os grupos industriais que repousa a organização das atividades de valorização do capital na indústria, os serviços, o setor energético e a grande agricultura’’(François Chesnai).
A sorte reservada aos países “em desenvolvimento”
‘’A avidez deste capitalismo e sua ferocidade na exploração são tanto mais altas quanto a taxa de acumulação do capital produzindo valor e mais- valia é baixa, enquanto que as exigências daqueles que vivem de juros e de dividendos são muito elevadas. É neste quadro que é preciso considerar a sorte reservada aos países do Terceiro Mundo’’(François Chesnais).
‘’Os países aos quais interessa principalmente o capital de investimento financeiro, são aqueles que possuem uma posição financeira suficiente- mente desenvolvida para aspirarem ao estatuto de “mercado financeiro emergente” e, assim, permitir o posicionamento dos mecanismos de estrangulamento dos recursos do país ou da região continental maior, em direção aos países centrais ‘’(François Chesnais).
Para a renovação da crítica ao capitalismo
‘’Os acontecimentos que marcaram o fim do stalinismo – a queda do
Muro de Berlim e o desmoronamento da antiga União Soviética – foram saudados como anunciando “o fim da história”, no sentido da impossibilidade de uma superação do capitalismo por uma outra forma de organização das relações sociais e de produção e da repartição da riqueza e uma concepção diferente da propriedade