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Capítulo I – As Divisões do Espaço e do Tempo na Europa
Objetivos do Capítulo: dividir o espaço e, em seguida, dividir o tempo.
Problema: situar antecipadamente as realidades econômicas e as realidades sociais que as acompanham, conforme seu espaço e seu tempo.
Espaço e economias: as economias-mundo
- economia mundial: o mercado de todo o universo; toda a parte do gênero humano que faz comércio constitui, hoje, um único mercado.
- economia-mundo: envolve apenas um fragmento do universo, um pedaço economicamente autônomo do planeta capaz de bastar a si próprio e que ganha vida por suas ligações e trocar internas. Soma de espaços individualizados [econômicos ou não], que ela mesma agrupa. Enorme superfície que habitualmente transcende os limites dos outros grupos maciços da história. * Mediterrâneo do século XVI: não apenas o mar propriamente dito, mas tudo que é posto em movimento a partir de suas margens, pela sua vida de trocas. - é dividido social, cultural e politicamente, mas mesmo assim possui uma unidade econômica proporcionada pelas cidades dominantes do norte da Itália [Veneza, à frente, e logo em seguida Milão, Gênova e Florença]. - esse conjunto de cidades acima citadas não representam toda a vida econômica do mar, mas sim uma “camada superior”, cujo alcance se estende por todo o litoral e até mesmo por terras adentro. > a atividade mercantil nessa região transcende muitos fatores: # os limites dos Impérios: hispânico, turco, o encolhido império grego [graças às ações dos turcos]; # a divisão do Mediterrâneo em dois: do Poente e do Levante, que foram cenários dos principais confrontos entre Islã e Cristandade. Isto é, a característica da economia-mundo do Mediterrâneo do século XVI é justamente transpor barreiras políticas e culturais que fragmentam e diferenciam seu universo.
- 1500: mercadores cristãos comerciam na Síria, mercadores muçulmanos comerciam no