Ideologia alemã e o capital
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Reiteramos a afirmação de que a metodologia predominante na argumentação dos autores é a dialética. Entretanto, consideramos que eles também utilizam o método indutivo para desenvolverem suas idéias no livro O Capital. O método indutivo é caracterizado por um processo racional que parte de dados particulares, ou seja, de observações empíricas, para posteriormente obter uma conclusão geral. A justificativa do método indutivo é a expectativa de que exista regularidade nas coisas e, por isso, o futuro será como o passado. Sendo essa idéia pautada nas observações feitas no passado. Nesta medida, Marx baseia-se em observações anteriores para desenvolver seu estudo. Uma possível explicação para que este autor se valesse de tal método, reside no fato de que suas análises partiam do “materialismo histórico”, portanto, as argumentações, necessariamente, possuíam como início observações empíricas. Como exemplo, temos a crítica de Karl Marx à Hegel, que residia no fato deste acreditar que a história se desenvolvia primeiro através do pensamento e só depois se materializava na sociedade. Ao contrário, para Marx, o desenvolvimento das idéias era conseqüência de uma realidade material existente.
Ao contrário dos economistas, que se baseiam na teoria de Durkhein, de que as categorias menos evoluídas têm a chave para a compreensão do real. O método da economia política de Marx, se baseia na construção de categorias simples, que sejam abstratas o suficiente para não ter dentro de si, características da sociedade onde ela foi concebida.
Segundo Durkhein, e esse será o raciocínio dos econômicos, para se compreender algo, a religião, por exemplo, é necessário saber o que caracteriza uma religião, perceber que elementos comuns há entre todas as regiões. Em outras palavras, irá partir do real, onde a religião é complexa, para chegar à origem, onde a religião é mais simples, compreendendo o que há de fundamental e, a partir daí, perceber evolutivamente as mudanças.
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