Mudança social e sociologia
A Sociologia nasceu da crise provocada pela desagregação do sistema feudal e pelo surgimento do capitalismo. As transformações decorrentes desse processo abalaram todos os setores da sociedade européia e depois atingiram a maior parte do mundo. Muitos autores se esforçaram para entender o que estava ocorrendo.
A mudança social para os clássicos da Sociologia
Como a Sociologia é fruto de mudanças sociais, um de seus pontos fortes é a discussão sobre as transformações e crises nas diversas sociedades. No século XIX uma das idéias que orientava as discussões era a de progresso. Conforme Robert Nisbet, sociólogo estadunidense, a idéia de progresso tinha raízes no pensamento grego e, desde a Antiguidade, esteve presente no imaginário de todas as sociedades, mas no século XVIII, com o surgimento do Iluminismo, e no XIX ela ocupou um lugar destacado e permeou o pensamento de muitos autores.
Auguste Comte. Dos pensadores do século XIX, Comte foi um dos que mais influenciou o pensamento social posterior. Desde cedo rompeu com a tradição familiar, monarquista e católica, tornou-se republicano, adotando as idéias liberais, e passou a desenvolver uma atividade política e literária que lhe permitiu elaborar uma proposta para resolver os problemas da sociedade de sua época. Toda sua obra está permeada pelos acontecimentos da França pós-revolucionária. Defendendo sempre o espírito da Revolução Francesa de 1789 e criticando a restauração da monarquia, Comte se preocupou fundamentalmente com a organização da nova sociedade que estava em ebulição e em grande confusão.
Comte acreditava que a mudança social estava situada na mente, na qualidade e quantidade de conhecimentos sobre as sociedades. Com base nisso, ele afirmou que a humanidade percorreu três estágios no processo da evolução do conhecimento:
● Primeiro estágio: teológico. As pessoas atribuíam a entidades e forças sobrenaturais as responsabilidades pelos acontecimentos. Essas entidades