Os deserdados na nova ordem mundial e as perspectivas de ordem mundial solidária
Muitos Estados nacionais territoriais recentes, surgidos da descolonização (libertados de uma ordem colonial que os oprimia) se inserem apenas marginalmente nessa nova ordem e, condenados nesse certo isolamento, tendem a se desagregar, a se decompor. Freqüentemente são vitimados por terríveis conflitos regionais e internos, cujo índice de mortandade encontra-se entre os mais graves da história recente da humanidade, como nos exemplos de Ruanda e Serra Leoa, no continente africano. Desde a Segunda Guerra Mundial, 20 milhões de pessoas morreram nesses conflitos regionais e guerras civis.
Outros países ainda procuram se erguer e se reorganizar após terem sido vítimas de guerras devastadoras, que regionalizavam o confronto entre as superpotências na ordem mundial anterior. Esse é o caso do Vietnã, país vitimado por uma longa e destrutiva guerra com os EUA. Guerra, aliás, que serviu para inibir, na época, o desembaraço da ação geopolítica americana em vista da derrota dos Estados Unidos. Esse é o caso também do Afeganistão, invadido pela URSS nos anos 1980. Outro caso a ser notado: a guerra, da mais pavorosas, entre Irã e Iraque, na qual o papel das potências do mundo ocidental (EUA à frente) não pode ser negligenciado, pois armaram e tornaram poderoso Saddam Hussein, o mesmo que recentemente ameaçava a paz mundial, segundo a alegação dos EUA. Outros exemplos podem ser lembrados, e muitos ainda estão sangrando a despeito do equilíbrio “civilizado” que mantém a ordem mundial. Uma ordem mundial que tem vários deserdados.
A PERSPECTIVA DE UMA NOVA ORDEM
As organizações não conseguem se entender com os seus consumidores e clientes e muito menos com os seus empregados. Fracassam ao tentar atender às necessidades das pessoas, com a exceção de seus acionistas e dirigentes,