Origem do positivismo
A primeira corrente teórica sistematizada de pensamento sociológico foi o positivismo, a primeira a definir precisamente o objeto, a estabelecer conceitos e uma metodologia de investigação.
O positivismo reconhecia que os princípios reguladores do mundo físico e do mundo social diferiam quanto à sua essência: os primeiros diziam respeito a acontecimentos exteriores aos homens; os outros, a questões humanas. Entretanto, a crença na origem natural de ambos teve o poder de aproximá-los. Alem disso, a rápida evolução dos conhecimentos das ciências naturais – física, química, biologia – e o visível sucesso de suas descobertas no incremento da produção material e no controle das forcas da natureza atraíram os primeiros cientistas sociais para o seu método de investigação. A própria sociedade foi concebida como um organismo constituído de partes integradas e coesas que funcionavam harmonicamente, segundo o modelo físico ou mecânico. Por isso o positivismo foi chamado também de organicismo.
O darwinismo social
A expansão da revolução industrial pela Europa, obtida pelas revoluções burguesas que atingiram todos os países europeus ate 1870, trouxe consigo a destruição da velha ordem feudal e a consolidação da nova sociedade – a capitalista -, estruturada sobre a indústria. Esta reestruturação do capitalismo estava associada às sucessivas crises de superprodução na Europa, que traziam consigo a morte de milhares de pequenas indústrias e negócios, para dar espaço apenas às maiores e naus estruturadas indústrias.
O capital financeiro necessitava de novos mercados para poder crescer, pois era perigoso continuar investindo na indústria europeias sem causar novas e mais profundas crises de superprodução. Nesses continentes podia-se obter matéria-prima a baixíssimo custo, bem como Mão de obra barata; eram também pequenos mercados consumidores, bem como locais ideais para investimentos em obras de infraestrutura.