Orientação não diretiva não
A apresentação da dificuldade se torna, deste modo, uma oportunidade para o individuo revelar-se um pouco m,ais a si mesmo, entretanto num processo de conhecer-se melhor.
Compreender-se e aceitar-se, na orientação não-diretiva, é conseqüência de um processo em que o individuo entra em comunicação consigo mesmo.
A comunicação consigo mesmo é vista como processo, no qual o individuo vai representando adequadamente na consciência tudo que ele sente e percebe de si.
Para Rogers, todo o processo de desajustamento se deve a uma falha de comunicação: o individuo deixou de comunicar-se bem consigo e, em conseqüência, a sua comunicação com os outros ficou prejudicada.
Quando o individuo procura a psicoterapia, as experiências que geralmente possui de relacionamento são constrangedoras, no sentido de que deve renunciar ao que ele realmente é, vestir “mascaras” e “fachadas” para agradar, pelo menos, as pessoas que lhe são significativas.
O aconselhamento é realmente forma de relação de ajuda, onde a “conversa” é estruturada como entrevista, seguindo o método próprio da orientação não-diretiva, em nosso caso.
Curran faz notar que o habito de dar se baseia no falso suposto de que serve para o aconselhando o que também serve para o conselheiro.
Ora, o autor diz que a dificuldade de dar conselhos nasce justamente daí: eu nunca serei o outro e jamais estarei no seu lugar. Assim o que serve para mim não serve para ele.
A orientação não-diretiva, consagrada universalmente pela psicologia, designa um pensamento sistematizado, composto de uma teoria de personalidade e, outra, de psicoterapia, mutuamente complementares.
É certo que a espontaneidade é um dos elementos mais fundamentais do pensamento rogeriano, oposta a um procedimento rígido, formal, técnico e acadêmico.
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