Organização do Trabalho em Psicologia Clínica
Uma das características da sociedade e do momento histórico que vivemos está associada à capacidade que dispomos de armazenar, classificar e recuperar grande quantidade de informação. A indústria da informação e da comunicação, da ciência e da tecnologia emergiu fortemente neste século XX.
A complexidade e as contradições à nossa volta instigam tentativas para compreender transformações tão rápidas e profundas. E o que é mais desafiante, em um cotidiano onde a crise há muito deixou de ser exceção, é necessário ousar previsões.
Defrontamos com um novo componente: a globalização. Constitui ela um fato; no entanto, ser aceita como padrão significará uma renúncia à geografia, à história e à cultura em benefício do orbe e da humanidade teoricamente total, mas praticamente de um país ou de países dominantes.
Falar de globalização exige o caracterizar de eventos que, dimensionados além das fronteiras nacionais dos povos, situam-se num momento da história com características que marcam uma nova era.
No presente, a realidade é analisada na intensidade dialética, tendo em vista as estruturas sociais, oriundas do passado e agora considerada definida. Outrossim, como futuro-em relação ao passado-são analisados os fatos consumados.
A análise do presente permite-nos projetar as tendências como utopia. O passado, por sua vez, é analisado como história. Ponderando que o novo não tem valor e que o antigo dissolve-se, conclui que tudo parece retornar ao caos.
Consideremos, então modernidade, pós-modernidade e a reorganização do trabalho a partir da noção de tempo.
2. Modernidade e Pós-Modernidade
O moderno, além de consciência, envolve técnica e comportamento. A técnica refere-se à industrialização e, conseqüentemente, ao capitalismo industrial. O comportamento envolve, além da economia, a política, a educação, a família, bem como a interação e a estratificação.
A sociedade moderna denominou-se também de “sociedade de consumo”,