CAPITÃES DE AREIA
07.08.09
14:53
Página I
Folheto_Capitaes_Areia_N7
07.08.09
14:53
Página II
Folheto_Capitaes_Areia_N7
07.08.09
14:53
Página 1
AULAS ESPECIAIS
OBRAS DA FUVEST/UNICAMP – 2009
PORTUGUÊS
CAPITÃES DA AREIA
JORGE AMADO
(Itabuna, 1912 – Bahia, 2001)
românticas e sensuais... A que, vez por outra, emprestaria matizes políticos. (...) Cronista de tensão mínima, soube esboçar largos painéis coloridos e facilmente comunicáveis que lhe franqueariam um grande e nunca desmedido êxito junto ao público. Ao leitor curioso e glutão a sua obra tem dado de tudo um pouco: pieguice e volúpia em vez de paixão; estereótipos em vez de trato orgânico dos conflitos sociais, pitoresco em vez de captação estética do meio; tipos folclóricos em vez de pessoas, descuido formal a pretexto de oralidade (...). O populismo literário deu uma mistura de equívocos e o maior deles será, por certo, o de passar por arte revolucionária.”
OBRA
Capitães da Areia (1937)
CAPITÃES DA AREIA é dividido nas seguintes partes:
VIDA
Jorge Amado situa-se literariamente na Segunda
Geração Modernista (1930–1945), na vertente do romance neorrealista regionalista As narrativas desse grupo de escritores analisam as estruturas sociais da realidade nordestina, isto é, o conflito do homem com o meio geográfico e social.
Na prosa neorrealista, também chamada de romance de 30, é marcante o vigor das expressões populares, isto é, o registro que incorpora a fala nordestina. É perceptível certa falta de rigor não só com a concepção da estrutura do romance, mas também com o próprio fluxo narrativo, bem à vontade, como se o escritor fosse apenas um contador de histórias, como se vê principalmente nas obras de José
Lins do Rego e de Jorge Amado. A linguagem coloquial é a herança perceptível da Primeira Geração Modernista
(1922–1930) no romance neorrealista.
O registro ou variante popular é recorrente no diálogo da obra de Jorge