organizaçao racional do trabalho
Mito são narrativas utilizadas pelos povos gregos antigos para explicar fatos da realidade e fenômenos da natureza, as origens do mundo e do homem, que não eram compreendidos por eles. Os mitos se utilizam de muita simbologia, personagens sobrenaturais, deuses e heróis. Todos estes componentes são misturados a fatos reais, características humanas e pessoas que realmente existiram. O termo já encerra em si grandes contradições: ora como "mentira", ora como a verdade íntima escondida atrás de um véu, o mito para muitos nega a razão e a realidade, ainda que quase sempre não haja um questionamento profundo sobre esses dois conceitos. Há tantas definições para o termo quantas as diversas dinâmicas de compreensão do homem face ao mundo em que vive. O mito não nega a razão, mas apodera-se dela de tal forma que a recria e a transcende suscitando, desse modo, diversas realidades em diferentes "mundos" do pensar: Moyers compreende que "aquilo que os seres humanos têm em comum se revela nos mitos, são histórias de nossa busca da verdade, de sentido e de significação, através dos tempos" (1988:5). O mito enquanto uma narrativa repleta de valores e crenças é um conjunto de imagens e símbolos que traduzem o pensamento, a história, a capacidade de criar e de gerar o novo. O mito é sempre uma incógnita, uma cortina meio transparente, uma forma de dizer tudo revelando muito pouco; enfim, uma grande metáfora.
Nenhum mito surge do nada ou da simples vontade de existir; sua origem ou localização temporal dos fatos de que falam são questões bastante complexas. Ao utilizarmos métodos limitados de interpretação, reduzimos o mito a definições que o apresentam como simples fantasia ou fato ilusório. Mircea Elaide, um estudioso dos mitos e das religiões, afirma que "nas sociedades em que o mito ainda está vivo, há uma distinção cuidadosa entre histórias verdadeiras e histórias falsas" . Para os indígenas, o mito está na categoria das histórias verdadeiras, enquanto as histórias