organizador
Tiago Jacinto de Oliveira
O homem como ser social, vive um eterno embate dentro de si; são muitas coisas a que se pensar e se ponderar: como manter um convívio social sadio? Como crescer na profissão? Como me parecer mais atraente para tal mulher? O que comer? Como me vestir? Onde ir? O que estudar? O que fazer? O que? O que?
Dentre muitos ‘o quês’, um deles, talvez o mais incógnito deles seja o de por que estamos aqui? Existe algo que defina a real necessidade de minha presença neste local e da forma como hoje me apresento? Ao se pensar nessas coisas, o homem tem, através dos tempos, refletido sobre a existência ou não de um fundamento para a vida, para sua existência;
Alguns falam em geração espontânea, outros em criação divina, evolução; mas todos esses segmentos de discussão ainda são parte da mesma face: o materialismo do ser humano.
Quando somos pequenos e tomamos conta de nossa existência, também fizemos nossa primeira associação de posse: meu corpo, minha mãe, minha casa, meu cachorro; com o passar do tempo, ‘adquirimos’ muito mais coisas que em uma verificação final nos torna donos de algo.7
Sou dono da minha vida, você certamente dirá; e com razão; sim! Você é dono de sua vida, e se parar para pensar não só da sua, mas também de muitas outras que a cercam ou que se correlacionam com você. Mas, será mesmo que você é dono de algo? Ou vive numa ilusão, numa zona de conforto ilusório, onde fica muito mais ‘tranquilo’ ao saber que é dono de alguma coisa, que controla alguém, que tem domínio sobre seu destino.
E se não houver esse domínio? Estaremos ‘livres para sermos dirigidos’ para uma direção qualquer? Creio que não; espero que a vida não seja tão fatalista assim.
Afinal, seria muito confortável aceitar o fatalismo do destino, ao ter que assumir responsabilidades por nossos atos: isso aconteceu por ironia do destino... já deve de ter ouvido essa frase, mas se o destino realmente