Oleo de cravo
1. Introdução
1.1 O Cravo e o Eugenol
Desde a Antigüidade, o homem vem procurando isolar compostos naturais, até então chamados orgânicos, pois estes seriam impossíveis de serem sintetizados, segundo a Teoria do século passado chamada
"Vitalismo" (Força Vital). Mesmo hoje, com todo desenvolvimento científico e tecnológico, o homem descobriu que poderia sintetizar inúmeros desses compostos a partir de reações conhecidas, todavia ele não conseguiu ultrapassar a perfeição da natureza. O homem procura extrair da natureza o que lhe servirá de útil. Dentre tais compostos, inúmeros provém de plantas na forma de óleos, até então chamados óleos essenciais. O processo de extração é, na maioria das vezes, a destilação por arraste a vapor sob pressão atmosférica, sendo tal técnica discutida posteriormente. Dentre os inúmeros óleos essenciais, temos o cravo que é uma planta usada como tempero desde a antiguidade: era uma das mercadorias entre as especiarias da china, que motivaram inúmeras viagens de navegadores europeus para o continente asiático. Na china os cravos eram usados não só como condimentos, mas também como anti-séptico bucal: qualquer um com audiência com o imperador precisava mascar cravos para prevenir o mau hálito. Viajantes arábicos já vendiam cravos na Europa ainda no império romano. O cravo também tem sido utilizado, há mais de 2000 anos, como uma planta medicinal. Os chineses acreditavam em seu poder afrodisíaco. O óleo de cravo é um potente anti-séptico. Seus efeitos medicinais compreendem o tratamento de náuseas, flatulências, indigestões, diarréias, têm
propriedades antibactericidas, e é também usado com anestésico e antiséptico para o alívio de dores de dente.
2
O conteúdo total de óleo em cravos (de boa qualidade) chega a 15%. O óleo é constituído,
basicamente, por eugenol (70 a 80%), acetato de eugenol (15%) e beta-cariofileno (5 a 12%).
O Eugenol é um composto aromático que está presente