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Costumamos observar o mundo dividido em continentes, países, Estados e cidades. Mas raramente nos damos conta de que vivemos em um determinado bioma. Os moradores de Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória, por exemplo, habitam territórios situados na mata atlântica. Já cidadãos de Goiânia, Brasília e Cuiabá vivem no cerrado.
Há muitas definições sobre o conceito, que começou a ser utilizado mais enfaticamente a partir da década de 1990 para facilitar o planejamento de ações de conservação e proteção ambiental específicas para cada bioma.
Segundo a definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o bioma é um conjunto de espécies animais e vegetais que vivem em formações vegetais vizinhas em um território que possui condições climáticas similares e história compartilhada de mudanças ambientais, o que resulta em uma diversidade biológica própria.
O bioma pode ser nomeado em função da vegetação predominante (caso da amazônia, cerrado e mata atlântica), relevo (pantanal), condições climáticas (exemplo da caatinga no semiárido nordestino) ou meio físico (bioma zonas costeira e marinha).
No mapa de biomas brasileiros, lançado pelo IBGE em 2004, um mesmo bioma contém paisagens distintas da vegetação dominante. É o caso dos campos e manchas de cerrado existentes na amazônia. Ao considerar ecossistemas distintos do predominante em um mesmo bioma, tenta-se mostrar que eles precisam ser tratados de maneira integrada. O que afeta um ecossistema provoca impactos em outros ecossistemas vizinhos, mesmo que o primeiro não seja a paisagem preponderante.
“Leis que protegem uma espécie isolada, como é o caso da araucária no Sul e da castanheira na amazônia, foram erros históricos da política de conservação”, lamenta o professor Ricardo Ribeiro Rodrigues, do laboratório de ecologia e restauração florestal da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), em Piracicaba, interior de São Paulo. Para ele, o