Pensamento Político

Ao fim da primeira guerra mundial, existiam várias concepções sobre política: Sociologia Política (tratava dos fenômenos políticos sob aspecto social), Economia Política (estudava o Estado como agente econômico e como regulador do mercado), Direito Político (estudava as instituições e as relações públicas sob o ponto de vista jurídico) e como se não bastassem todas essas formas de adjetivar como “políticas” outras atividades e ramos do conhecimento, ainda havia a História Política , Filosofia Política e Geografia Política. Todas essas questões começaram a ser levantadas num período em que a própria Ciência Política não tinha encontrado uma definição clara, objetivos explícitos e caminhos metodológicos adequados, além de continuar sendo considerada parte da Filosofia Política. Há várias obras em que a expressão política aparece no título, mas não há um aprofundamento sobre o tema.
Com o tempo, como a Sociologia ,em geral, ganhou enorme repercussão depois das obras fundamentais de Max Weber foi ficando cada vez mais claro que em vez de ser dominada por essa ou aquela especialidade, a Política estava, cada vez mais, penetrando em todas as categorias do conhecimento humano. Não eram mais apenas a Filosofia, Sociologia, Economia, História, Geografia e o Direito que sofriam influência decisiva da política, mas todos os estudos das ciências sociais e das demais ciências sociais aplicadas.
Duas guerras mundiais, o fracasso da antiga Liga das Nações na solução pacífica dos conflitos internacionais que se agravaram, a luta ideológica que se acentuou depois da Revolução de outubro na antiga Rússia, a radicalização decorrente da emergência do nazi-facismo na Europa e suas consequências foram motivos para que, depois da fundação da ONU, a política – em especial a Internacional- tomassem o centro das preocupações intelectuais do mundo civilizado
A França teve papel decisivo nesse novo movimento. Em 1945, um professor chamado Maurice Duverger, um dos pioneiros da ciência