Oi pessoa
Acredito que o semba angolano, que deu origem à palavra samba, é parente distante do principal ritmo do Brasil, mas é irmão mais velho dos sons da América Central.
A contagiante música ligeira cubana, assim como o fank, o rag, o calipso e todos os sons das Antilhas, incluindo as canções dolentes, são essencialmente africanos.
Há muitos indícios de que foi dos sembas que surgiram as salsas centro-americanas e daí o carimbó do norte brasileiro.
Grande parte da música da América do Sul de colonização espanhola também recebeu influência da África, que é a mãe popular brasileira.
No Brasil os tambores das nações bantu e iorubana se misturaram nas senzalas, ritmando as cantorias da umbanda e do candomblé. Os rituais afro-religiosos nos legaram os jongos, afoxés e caxambus, bem como os congos do Espírito Santo e tantas outras manifestações regionais.
Na Bahia, os batuques aleatórios foram ganhando forma e surgiram as cantigas de capoeira, os sambas de roda e tudo que se chama hoje de axé-música.
No Rio, de maneira mais dolente, a cadência das batidas foi se definindo, dando origem ao samba de raiz e, como numa reação química em cadeia, foram nascendo outras formas como o samba de partido alto, o samba de enredo, o de breque, o sincopado, o samba-choro; a mais simples foi sendo ritmada nas cordas dos violões, resultando no samba-bossa nova, com influência harmônica do negro jazz tradicional.
Nos intervalos das actividades do vasto folclore brasileiro com seu infinito número de danças, cantos e ritmos, apareceram os calangos do Estado do Rio de Janeiro, essencialmente negros.
No CD Lusofonia, onde registrei músicas de todos os países de expressão portuguesa e fiz a versão de Carambola, música de São Tomé e Príncipe, constatei que esta é