Obsolescência programada

Obsolescência Programada

O documentário começa por contar a história de uma lâmpada que foi fabricada no início do século XX e que continua a funcionar nos dias de hoje. Esta lâmpada foi um caso único, mas o tempo de vida normal de uma lâmpada, quando estas foram primeiramente fabricadas, era de mais de 2500 horas. Hoje em dia, uma lâmpada normal tem um tempo de vida de cerca de 1000 horas.
Isto deve-se a uma prática que, com o tempo se foi tornando comum, a obsolescência programada. A obsolescência programada, como o próprio nome pode indicar, consiste em tornar um produto obsoleto num curto período de tempo.
Um cartel que se dava, na altura, pelo nome de “Phoebus” chegou à conclusão que, para que houvesse consumo era necessário que os produtos comercializados não durassem tanto tempo. Na altura foram as lâmpadas, mas depressa esta prática se alastrou para outros produtos, como uma meia de nylon que foi fabricada para que rasgasse com mais facilidade e, mais recentemente, impressora que imprimem um número pré-determinado de cópias, ou um ipod cuja bateria dura apenas 18 meses. Faz sentido, se pensarmos que sem procura não há oferta.
Qual é o objectivo disto? Fazer com que o consumidor ser sinta obrigado a comprar o mesmo produto regularmente, pois se um produto tiver muita durabilidade, o consumidor não sente necessidade de comprar outro. É referido no documentário que esta necessidade é alimentada por um trio infalível – a publicidade, o crédito e a obsolescência. A publicidade e a obsolescência criam no consumidor o desejo, e o crédito possibilita a obtenção do produto desejado. É esse o papel das instituições de crédito – criar a ilusão de poder de compra. Ilusão porque as famílias (consumidores) usam dinheiro que não têm para obter um produto.
Quando uma empresa produz e distribui um produto, as famílias aplicam o seu rendimento (ou crédito) para obter esse produto. Esta transacção representa lucro para as empresas que produzem e comercializam o