Obsolescência Programada
"Roupas velhas são horríveis. Nós sempre jogamos roupas velhas fora. Mais vale dar fim do que conservar.”
Trecho do livro Admirável Mundo Novo
- Aldous Huxley.
Quando falamos em O bsolescência Programada falamos necessariamente da duração ou da vida que tem um produto antes que ele pare de funcionar de maneira planejada pelo seus criadores. Surge com o objetivo das pessoas consumirem mais e assim movimentarem a economia a partir dos anos 50 nos Estados Unidos.
Hoje nós temos não apenas produtos descartáveis em nossas prateleiras, mas principalmente temos uma consciência descartável e volátil imputada em nós por anos de consumismo desenfreado.
Mesmo sendo programado para a obsolescência, antes mesmo de um produto parar de funcionar nós já nos cansamos dele. E a indústria que por anos estimulou em nós esse sentimento, está preparada para lançar uma nova versão do mesmo, com funções
“inovadoras” que poderiam de fato estar no primeiro modelo. Carros, celulares, computadores, eletrodomésticos, DVDs e até mesmo livros estão sujeitos a essa nossa consciência descartável de que somos escravos e que é tão própria do capitalismo.
Como já disse Serge Latouche, "Quem acredita num crescimento ilimitado é compatível com um planeta limitado ou é louco ou é economista. O drama é que hoje somos todos economistas". Se quisermos parar essa máquina de moto-perpetuo que produz para consumir e consome para produzir
, segundo Latouche no documentário
Obsolescência Programada
,
devemos
“abandonar de vez o desenvolvimento e o economicismo” . Latouche propõe o
Decrescimento Econômico
, que em suas palavras seria uma utopia concreta
.
Concreta ou não, o fato é que d iante dos recursos naturais finitos, e a produção desenfreada de resíduos, grupos ambientais tem resistido a proposital durabilidade baixa dos bens, de modo que a consciência coletiva global precisa implementar pautas sustentáveis na política, na produção e principalmente no