Modelo De Artigo1
Social
Marcos Fábio Alexandre Nicolau
Doutorando em Educação UFC – 5º semestre
Disciplina: Filosofia da Educação
RESUMO: Nossa proposta é a de analisar como a teoria pedagógica de Rousseau exime-se de uma possível crítica de ambigüidade de projetos pedagógicos, pois enquanto no Emílio, Rousseau persegue uma formação naturalista, onde o sujeito tem por objetivo reconstituir o homem natural, falseado pela civilização, no Contrato Social,
Rousseau persegue uma formação social, ou seja, formar o cidadão. Tais idéias são divergentes ou convergentes? Há duas propostas pedagógicas contraditórias ou será um projeto que deve levar em consideração as duas instâncias? Se assim o faz, o que nos esforçaremos em expor, como realiza tal unidade? Fazemo-nos tais perguntas, porque encontramos nos próprios comentadores do pensador genebrino as duas hipóteses: a primeira, por nós defendida, retrata um Rousseau que integra seu projeto pedagógico e sua proposta política, e a segunda, a de um Rousseau que abre concessões à formação do cidadão quanto aos aspectos naturais da educação – em outras palavras, tal ambigüidade também é relatada sob os moldes do binômio individualismo x coletivismo. Cremos ser um erro dissociar por completo o projeto educacional de
Rousseau de sua teoria político-social. Baseando-se nesta perspectiva exporemos as possíveis convergências entre as duas obras.
PALAVRAS-CHAVE: Formação naturalista, Formação social, Individualismo,
Coletivismo.
Introdução
Muitos pensadores têm sofrido nas mãos de comentadores, mas poucos suportam tanto quanto Rousseau uma série de críticas muitas vezes realizadas do exterior de sua obra. Ao trabalharmos o aspecto pedagógico do pensamento de Rousseau, nos situando em um dos seus principais objetos de estudo, pretendemos compreender sua teoria da educação não como dogma a ser exposto, mas como um problema demandando solução.
Rousseau confrontou-se bem antes