Observacoes da obra Sentimentos Economicos
Foi “a partir de Adam Smith”, segundo Jean-Baptiste Say, que a economia política, definida “como a ciência relacionada à riqueza”, distinguiu-se da bem diferente disciplina da política. O economista George Pryme, primeiro professor de Economia política na Universidade de Cambridge, via com uma certa preocupação, em 1823, essa mistura em Smith das preocupações políticas com as econômicas. “Desde a sua época a distinção entre economia política e política pura tem sido em geral observada”, escreveu Pryme. A economia política tornara-se um assunto inofensivo e ordenado; “embora possa parecer menos interessante do que a filosofia política, sua utilidade é mais extensa, já que se aplica indiferentemente ao despotismo e à democracia”. A economia política adequava-se ao que Hegel descreveu em 1807 como o “método de se rotular tudo o que há na terra e no céu”.
Na descrição de Turgot, o comércio é um “debate entre todo comprador e todo vendedor”, no qual os indivíduos firmam contratos, dão ouvidos a rumores, discutem o valor das promessas uns dos outros e refletem sobre “a opinião e a realidade de risco”. O homem da sociedade, na tradução de Smith, está “sempre fora de si; ele “não pode viver a não ser na opinião dos outros, e é”... tão só do julgamento dos outros que ele deriva o sentimento de sua própria existência.
Como escreveu Smith na Teoria dos sentimentos morais, os casacos da moda duram um ano, os móveis bem idealizados duram de cinco a seis anos, os prédios bem planejados duram séculos, e um poema bem escrito pode durar tanto quanto o mundo.
Se todos possuem seu próprio princípio de movimento, então é difícil pensar que a mera união deles forma um sistema ou uma sociedade. Se todos possuem o mesmo princípio de movimento, então o sistema é demasiado simples e fica aquém da possibilidade de fazer justiça às sutilezas das vidas individuais. Se todos possuem uma teoria de sociedade, ou uma opinião