Objeto Transicional
Donald Winnicott
Georgia Bueno
Objeto Transicional
• Representa a primeira posse “não-ego” da criança, tem um caráter de intermediação entre o seu mundo externo e interno.
• O conceito de objeto e fenômeno transicional recebe três usos diferentes: • Um processo evolutivo, como etapa do desenvolvimento;
• Vinculadas as angústias de separação e as defesas contra elas;
• Representando um espaço dentro da mente do indivíduo.
• Propõe ainda que em determinadas condições, o fenômeno ou objeto transicional pode ter uma evolução patológica, ou mesmo se associar a certas condições anormais.
• O objeto transicional é algo que não se encontra nem dentro e nem fora da criança; servirá para que o sujeito possa experimentar com essa situações, e para ir demarcando seus próprios limites mentais em relação ao externo e ao interno.
• Bleichmar e Bleichmar (1992) dizem que o objeto transicional está situado em uma zona intermediária, na qual a criança se exercita na experimentação com objetos, mesmo que esteja fora, sente como parte de si mesma.
• Para explicar a constituição do objeto transicional, Winiccott remonta ao primeiro vinculo da criança com o mundo externo, a relação com o seio materno.
• No início a criança tem a ilusão de onipotência, vivenciando o seio como parte do seu próprio corpo.
• Mas uma vez alcançada esta onipotência ilusória, a mãe deve idealmente, ir desiludindo a criança, pouco a pouco, fazendo com que o bebê adquira a noção de que o seio é uma “possessão”, no sentido de um objeto, mas que não é ele – pertence-me, mas não sou eu.
• O objeto transicional ocupa um lugar que Winnicott chama de ilusão.
Ao contrário do seio, que não está disponível constantemente, é conservado pela criança.
• Como os fenômenos transicionais representam a mãe é essencial que ela seja vivenciada como um objeto bom. Bleichmar e Bleichmar
(1992) relatam que, quando dentro da criança, o objeto materno está danificado, é pouco provável que ela recorra, de