Winnicott e os Objetos Transicionais - Perguntas e Respostas
Perguntas e Respostas
1) Por que os objetos transicionais se tornam vitalmente importantes na hora do dormir?
Os objetos transicionais (como um ursinho, a ponta da fralda, o cobertor, etc) se tornam vitalmente importantes na hora do dormir, pois realizam uma função importante de suporte na hora do afastamento da mãe, da função materna, representando o seio da mãe (entendido como o conjunto dos cuidados maternos) ou a união mãe-bebê. A hora do dormir é um exemplo muito importante desse afastamento, onde o objeto pode suprir momentos de raiva, depressão, ajudando a tranqüilizar o bebê.
2) Por que o importante, com relação ao objeto transicional, não é tanto o seu valor simbólico, mas sua realidade?
O objeto transicional funciona como a primeira posse do bebê, como um não-eu. Funciona como um objeto que possibilita a transição do subjetivo, interno, ao objetivo, externo. No início, na dependência absoluta, o objeto é subjetivo (faz parte do bebê) como a mãe (ou o que realize o papel da função materna, como o objeto que permitirá transição) que é o que existe como uma extensão dele; posteriormente, ele começa a reconhecer que o objeto transicional não faz parte dele, começa a perceber que o objeto não depende dele, de seu mundo interno, de sua vontade para existir. Dessa forma, o mais importante não é o valor simbólico que o objeto possui para o bebê, mas a realidade do objeto, que possibilita o bebê a aceitar o contato com a realidade externa, com um não-eu, algo que seja diferente dele, uma realidade objetiva e compartilhada a todos nós que o permite transpassar seu estado subjetivo.
3) Por que os objetos transicionais pressupõem certa desilusão?
Os objetos transicionais representam o seio da mãe, ou a união mãe-bebê, trazendo o contato com a realidade externa. Porém, para que isso aconteça, é preciso que se tenha primeiro uma boa experiência de ilusão e um objeto interno vivo (presença real da mãe fortalecida no